sexta-feira, 25 de novembro de 2016

PRODUTO - DELATORE & VITAL


ARTISTA CONTEMPORÂNEO - LYGIA CLARK





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Lygia Clark, pseudônimo de Lygia Pimentel Lins, nasceu em Belo Horizonte, dia 23 de outubro de 1920 e faleceu no Rio de Janeiro, dia 25 de abril de 1988 foi uma pintora e escultora brasileira contemporânea que se autointitulava "não artista". Lygia Clark iniciou seus estudos artísticos em 1947, no Rio de Janeiro, sob a orientação de Roberto Burle Marx e Zélia Salgado. Em 1950, Clark viajou a Paris onde estudou com Arpad Szènes, Dobrinsky e Léger. A artista dedicou-se ao estudo de escadas e desenhos de seus filhos, assim como realizou os seus primeiros óleos. Após sua primeira exposição individual, no Institut Endoplastique, em Paris, no ano de 1952, a artista retornou ao Rio de Janeiro e expõe no Ministério da Educação e Cultura. Clark é uma das fundadoras do Grupo Frente que foi criado em 1954. Dedicando-se ao estudo do espaço e da materialidade do ritmo, ela se une a Décio Vieira, Rubem Ludolf, Abraham Palatnik, João José da Costa, entre outros. 
Cronologia de sua vida: 1947/1950 - Vive no Rio de Janeiro. 1947 - Inicia aprendizagem artística com Burle Marx (1909-1994). 1950/1952 - Vive e estuda em Paris. 1950/1952 - Estuda com Fernand Léger (1881-1955), Arpad Szenes (1897-1985) e Isaac Dobrinsky (1891-1973). 1953- Retorna ao Rio de Janeiro. 1954/1956 - Integra o Grupo Frente, liderado por Ivan Serpa (1923-1973) e formado por Hélio Oiticica (1937-1980), Lygia Pape (1929-2004), Aluísio Carvão (1920-2001), Décio Vieira (1922-1988), Franz Weissmann (1911-2005) e Abraham Palatnik (1928), entre outros. 1954/1958 - Realiza a série Superfícies Moduladas e a série Contra-Relevos. 1958/1960 - Recebe em Nova York o Prêmio Internacional Guggenheim. 1959 - É uma das fundadoras do Grupo Neoconcreto. 1960 - Leciona artes plásticas no Instituto Nacional de Educação dos Surdos, no Rio de Janeiro. 1960/1964 - Cria a série Bichos, construções metálicas geométricas que se articulam por meio de dobradiças e requerem a co-participação do espectador. 1964 - Cria a proposição Caminhando, recorte em uma fita de Moebius praticado pelo participante . 1966 - Passa a dedicar-se à exploração sensorial, em trabalhos como A Casa É o Corpo. 1969 - Participa do Simpósio de Arte Sensorial em Los Angeles, nos Estados Unidos. 1970/1976 - Vive e trabalha em Paris. 1970/1975 - É professora na Faculté dArts Plastiques St. Charles, na Sorbonne, e seu trabalho converge para vivências criativas com ênfase no sentido grupal. 1973 - Realiza o documentário O Mundo de Lygia Clark com Eduardo Clark. 1976/1988 - Volta a residir no Rio de Janeiro. 1978/1985 - Passa a dedicar-se ao estudo das possibilidades terapêuticas da arte sensorial, trabalhando com os objetos relacionais. 1982 - Profere a palestra O Método Terapêutico de Lygia Clark, com Luiz Carlos Vanderlei Soares no Tuca, em São Paulo. 1983/1984 - Lançamento dos livros Livro-Obra, contendo propostas de Lygia Clark e confeccionado por Luciano Figueiredo e Rio Meu Doce Rio, com texto de Lygia Clark. 1985 - É apresentado o vídeo Memória do Corpo, de Mario Carneiro, sobre o trabalho da artista. 1989 - Exibição do vídeo Memória do Corpo, no Paço das Artes. 
Uma de suas obras bateu um recorde, foi vendida por 5,3 milhões de reais em um leilão. A obra, de 1958, pertencia à coleção de Luiz Buarque de Hollanda, e é uma das mais importantes da artista. A tela chegou a ser exposta na Bienal de Veneza em 1968, e faz parte de uma série que antecedeu a criação de suas famosas esculturas em metal articulado, os “Bichos”. O nome da tela que bateu o recorde é 'Superfície Modulada nº 4':


Superfície Modulada nº 4, de Lygia Clark

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

História da Fotografia

A primeira descrição de algo parecido com uma máquina fotográfica foi escrita por um árabe, Alhaken de Basora, que viveu há aproximadamente 1000 anos. Ele descobriu como se formavam as imagens no interior de sua tenda quando a luz do sol passava pelas frestas do tecido. Assim foram relatados os princípios do que viria a ser a câmera fotográfica.

Câmera significa pequeno quarto. Mais tarde, a câmera escura, quando não existia a fotografia, era um artifício empregado para conseguir imagens projetadas desde o exterior e cujas siluetas eram desenhadas na referida câmera escura. Sua existência é conhecida desde o século XVI, quando artistas como Leonardo Da Vinci e outros pintores a usavam para desenhar.

No século XVII, as câmeras escuras deixam de ser grandes e passaram a ser móveis, desmontáveis e semiportáteis. Desenhar com luz, este, na verdade, era a utilidade destes objetos, por isso o significado etimológico das palavras gregas: foto (luz) e grafein (desenhar).

Os irmãos franceses Jean Niceforo e Claude Niepce são os primeiros a relacionar a imagem realizada com luz e uma câmera escura. Mas eles não foram os únicos investigadores desta atividade, em que pese que foram os únicos a chegar ao fim de esta prática.

Mais tarde, o artista francês Louis Jaques Mandé Daguerre (1789 – 1851) trabalhou, durante anos, em um sistema para conseguir que a luz incidisse sobre uma suspensão de sais de prata, de tal maneira que a escurecesse seletivamente e fosse capaz de produzir a duplicação de alguma cena. Em 1839, Daguerre tinha aprendido a dissolver os sais intatos mediante uma solução de tissulfato de sódio o que permitia gravar permanentemente a imagem.

Mesmo o avanço tendo sido notável, levava de 25 a 30 minutos para tirar uma fotografia, e se houvesse sol. Mas este não era seu principal inconveniente, senão a dificuldade de obter cópias. E foi outro inventor, William Henry Talbot (1800 – 1877), que fazia experiências com o que chamou de calótipos, que superou o problema em 1841. Com seus calótipos obtinham-se negativos que logo deveriam ser passados aos positivos em outras folhas. Em 1844, foi publicado o primeiro livro com fotografias.

A partir de então, as investigações se concentraram em conseguir um papel para os negativos que fosse suficientemente sensível para ser rapidamente impresso. Em 1848, um escultor inglês, Frederick Scott Archer, inventou o processo de colódio úmido. O colódio (composto por partes iguais de éter e álcool numa solução de nitrato e celulose) era empregado como substância ligante para fazer aderir o nitrato de prata fotossensível à chapa de vidro que constituía a base do negativo. A exposição era feita com o negativo úmido (esta é a origem do nome colódio úmido). A revelação tinha de ser feita logo após a tomada da fotografia.

Só depois de alguns avanços científicos foram obtidas fotografias coloridas. Gabriel Lippman foi o primeiro investigador que mediante um complexo método conseguiu fotografar o espectro visível com toda sua riqueza cromática. Os irmãos Lumière também contribuíram, mas foram Luis Ducos du Hauron e Carlos Cross as pessoas que criaram um método que consistia na impressão de três negativos através de filtros coloridos em vermelho e azul.